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sábado, 31 de julho de 2010

Pentágono enfrenta nova pressão para cortar orçamento

Déficit orçamentário dos EUA e retirada de tropas no Iraque e no Afeganistão dão força à proposta de cortes nos gastos militares

Depois de quase uma década de rápidos aumentos nos gastos militares, o Pentágono está enfrentando a intensificação de pressões políticas e econômicas para que faça cortes em seu orçamento, criando o primeiro debate sério desde os ataques terroristas de 2001 sobre o tamanho e o custo das forças armadas.

Legisladores, oficiais do governo e analistas independentes disseram que a combinação de grandes déficits orçamentários, o encerramento da guerra no Iraque e a promessa do presidente Barack Obama de começar a retirar as tropas do Afeganistão no próximo ano, estão levando o Congresso a contemplar reduções nos pedidos de financiamento do Pentágono.O secretário da Defesa, Robert M. Gates, tentou conter as exigências de cortes no orçamento mostrando ao Congresso e à Casa Branca que ele pode conseguir mais eficiência da burocracia e dos programas de armas do Pentágono e usar as economias para manter as forças de combate.

Mas o aumento da pressão já está aparecendo em esforços dos democratas no Congresso que se movem mais rapidamente do que oficiais do Pentágono esperavam para solicitar cortes no orçamento proposto pelo governo para o próximo ano.

Além disso, com a crescente preocupação sobre a dívida do governo de US$ 13 trilhões, uma comissão bipartidária de redução do déficit alerta que os cortes nos gastos militares poderiam ser necessários a longo prazo para ajudar a nação a sair de seu buraco financeiro.

Gates pede que o orçamento do Pentágono mantenha o crescimento a longo prazo em 1% ao ano após a inflação, acrescido do custo da guerra.

Este valor teve uma taxa de crescimento média de 7% ao ano ao longo da última década (cerca de 12% ao ano, sem ajuste da inflação), incluindo os custos das guerras.

Até agora, Obama pediu ao Congresso que aumente a despesa total para o próximo ano em 2,2%, chegando a US$ 708 bilhões - 6,1% superior ao seu auge sob o governo Bush.

Gates argumenta que se o orçamento do Pentágono puder continuar a crescer 1% ao ano, ele será capaz de encontrar 2% ou 3% em economias feitas na burocracia do departamento para reinvestir nos militares - e que será dinheiro suficiente para satisfazer as necessidades da segurança nacional.

Mesmo conforme tenta evitar cortes mais profundos, Gates está tentando acabar com os programas de armas que considera desnecessários para os militares e enfrentando objeções de membros do Congresso que querem proteger empregos.

O andamento da guerra no Afeganistão, sem dúvida, têm um impacto sobre o debate, como pode acontecer com o resultado das eleições deste ano e, finalmente, a disputa presidencial de 2012.

Mas tanto a Câmara quanto o Senado estão agindo para instaurar cortes no orçamento do Pentágono para o ano fiscal que começa no dia 1º de outubro.

Os democratas no Comitê de Apropriações do Senado votaram na semana passada para cortar US$ 8 bilhões do pedido do Pentágono para um aumento de US$ 18 bilhões em suas operações básicas.

Dois terços dos gastos do Pentágono são despesas com pessoal.

É possível que o Pentágono tenha que considerar pela primeira vez cortes nos benefícios de saúde prestados aos militares ativos e inativos e suas famílias.

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