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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Folha de SP: ONG denuncia que mais minas brasileiras são usadas na Líbia

Novo informe aponta emprego de artefato em campos no oeste do país

Um fuzileiro americano instala uma mina antipessoal direcional M18 Claymore durante exercício.
O governo do ditador Muammar Gaddafi instalou três campos minados perto do vilarejo de Al Qawalish, nas montanhas Nafusa, oeste da Líbia, denunciou ontem a ONG Human Rights Watch (HRW). Minas antipessoa brasileiras e antiveículos chinesas foram usadas.

Segundo a organização, os armamentos "made in Brazil" seriam do tipo T-AB-1 e foram colocados sobre as minas antiveículos chinesas, do tipo 72SP, para ter maior efeito explosivo.

É a segunda vez que a HRW denuncia o uso desse tipo de minas brasileiras na Líbia. Em junho passado, a Folha divulgou o envio de carta ao governo brasileiro pela ONG International Campaign to Ban Landmines (ICBL), cobrando explicações sobre o uso dos explosivos. Na ocasião, o chanceler Antonio Patriota afirmou que o Brasil condena o uso de minas "onde quer que elas sejam usadas" e investigaria a origem dos armamentos.

"Dois campos foram montados ao lado um do outro perto de estradas que levavam a um centro de escoteiros. O terceiro estava próximo de uma estrada que leva a Al Qawalish", afirmou ontem à Folha Fred Abrahams, pesquisador da Human Rights Watch para Líbia.

Os três campos estão em regiões de movimento de civis. Forças de Gaddafi mantinham posição ali até serem expulsas por rebeldes, que tomaram a região na tarde de anteontem.

"O desrespeito gritante do governo [líbio] pela segurança de seus cidadãos civis é uma vergonha", disse Steve Gosse, diretor da Divisão de Armas da HRW, em nota. Até ontem, operações de desminagem retiraram cerca de 240 minas antipessoa T-AB-1 e 46 do tipo 2SP da região.

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