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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Instrutor da Swat traz à polícia local para treinamento inédito no Brasil

Trinta policiais militares, civis e federais participam do curso com o agente norte-americano

Terry Nichols é instrutor da SWAT do Texas, tida para muitos como a melhor SWAT dos EUA
Uma equipe da Swat (unidade de armas e táticas especiais da polícia dos Estados Unidos) chegou nesta quarta-feira (17) a Piracicaba para realizar treinamento inédito no Brasil com 30 policiais civis, militares, federais, guardas e agentes locais. O curso, intitulado “Contenção de atirador ativo”, tem como intuito treinar policiais para situações de atentados em locais públicos, como o que ocorreu na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, em abril.

Em coletiva à imprensa na sede da Associação Comercial e Industrial de Piracicaba (Acipi), o instrutor da Swat Terry Nichols explicou que o treinamento terá duração de três dias. Os dois primeiros serão voltados para aprimorar os conhecimentos teóricos dos policiais e, por fim, eles colocarão em prática o aprendizado para situações de ataques homicidas em espaços públicos.

“Será realizada simulação com paintball (competição esportiva que simula uma batalha). Para colocar os policiais em uma situação de estresse que se aproxime daquela situação em condições reais”, explica. O local das simulações ainda não foi definido. A informação extraoficial, entretanto, é de que a equipe visitou algumas escolas e o Engenho Central.

O grupo veio à cidade contratado pelo Fundo de Segurança de Piracicaba, formado por seis entidades patronais piracicabanas, entre as quais estão a Acipi e a Cooperativa dos Fornecedores de Cana (Coplacana). O gerente da Acipi, Sérgio Fortuoso, não revelou o investimento feito para trazer o treinamento a Piracicaba.

A quantidade de alunos de cada uma das polícias foi selecionada de forma proporcional ao contingente da instituição na cidade. Serão oito PMs, oito GMs, oito policiais civis, dois policiais federais, três agentes penitenciários e dois profissionais do exército.

Na coletiva de imprensa estiveram presentes o delegado da Polícia Federal em Piracicaba, Florisvaldo Neves; o delegado assistente da Seccional Ricardo Fiori; a major da Polícia Militar Adriana Sgrigneiro; e o capitão da Guarda Municipal Silas Romualdo.

“É uma iniciativa preciosa, que revela que a sociedade organizada de Piracicaba está se antecipando a situações de risco”, disse Neves. Para Adriana, o aperfeiçoamento dos policiais, que nem sempre é possível em todas as cidades do Estado, segundo ela, é imprescindível no contexto atual do crime. “A criminalidade se especializa. Nós não podemos ficar atrás. E esse treinamento vem para ajudar nesse sentido”, falou.

Ataque no Terminal da Pauliceia
Como Piracicaba nunca foi alvo de ataques como os que estão em foco no treinamento, a única ocorrência lembrada durante a entrevista foi o tiroteio no terminal da Pauliceia, quando a base da GM foi atingida por disparo de arma de fogo. Para Romualdo, entretanto, a ação não se aplica.

“Na ocasião, o homem passou em uma moto atirando. Não entrou com o intuito de ferir as pessoas do local”, disse. “Este treinamento tem um caráter mais preventivo”, concluiu.

Palestra
Como parte da passagem da Swat por Piracicaba, haverá nesta quinta-feira (18), às 19h, no auditório da Acipi, uma palestra aberta a todos os profissionais da área de segurança que atuam na cidade em escolas, comércios etc. No bate-papo, Nichols, vai abordar ocorrências com envolvimento de reféns e crimes coletivos.


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