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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Patriota afirma que relação com Teerã está 'normal'


Chanceler Antonio Patriota 


A crítica do porta-voz do presidente iraniano à diplomacia da presidente Dilma Rousseff feita em entrevista publicada ontem pela Folha surpreendeu o Itamaraty, mas o chanceler Antonio Patriota preferiu não polemizar. Disse haver normalidade no relacionamento bilateral.

"Continuo com interlocução normal com meus colegas iranianos. O chanceler do Irã esteve comigo à margem da Assembleia-Geral da ONU", disse Patriota, referindo-se a encontro ocorrido em setembro passado.

À Folha Ali Akbar Javanfekr, porta-voz pessoal do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que Dilma "golpeou tudo o que Lula havia feito" e "destruiu anos de bom relacionamento [entre os dois países]".

O Itamaraty, porém, nega mudanças na política com Teerã. Fontes diplomáticas disseram que o que mudou foi a atitude do país em relação à questão dos direitos humanos, o que o Brasil espera que o Irã "entenda".

Marco Aurélio Garcia, assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, afirmou que o presidente iraniano deve vir neste ano para a conferência Rio+20.

Segundo ele, as declarações do porta-voz não necessariamente representam a opinião majoritária de Teerã em relação ao Brasil.

Sem novas licenças para exportar ao Irã nos últimos três meses, os produtores de frango pediram explicações via governo brasileiro.

Representantes do Irã no país atribuem a queda nas licenças a "problemas burocráticos" e a uma ação para proteger sua indústria.

"Essa explicação não nos satisfaz e estamos trabalhando fortemente para retomar esse mercado o mais rápido possível", diz Ricardo Santin, diretor-executivo da União Brasileira de Avicultura.

Segundo ele, a expectativa era exportar 70 mil toneladas de frango para o Irã em 2011, mas foram comercializadas apenas 44 mil toneladas.

Os frigoríficos também enfrentam problemas com licenças. "Seguramente tem influência política, pois não existe justificativa técnica para a queda nas importações", diz José Vicente Ferraz, diretor da Informa Economics FNP e especialista no setor.

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