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domingo, 26 de agosto de 2012

Brasil em Armas: Os brasileiros que foram à guerra


Em São Paulo, a memória dos veteranos têm um endereço: Rua Santa Madalena, sede da Associação de ex-Combatentes do Brasil

O capitão de Enéas de Sá Araújo, veterano da FEB
A história pessoal de cada um desses homens - comandantes ou comandados - está indissoluvelmente ligada à guerra. Não a uma guerra qualquer, mas à maior de todas até agora enfrentada pela humanidade. Suas experiências pessoais não são simples anedotas, mas representam as angústias, as decisões e os comportamentos de uma geração.

Os brigadeiros Rui Moreira Lima e José Rabelo Meira Vasconcelos já foram entrevistados dezenas de vezes. Não se negam a falar sobre a guerra e a contar o que viveram. Foram os pioneiros da aviação de caça no Brasil. Lima acabou cassado em 1964 - achavam-no próximo demais do governo de João Goulart. "Sempre fui um democrata. Tenho horror a ditaduras - comunista ou fascista, não importa."

Meira, com sua voz calma, é outro que viveu as perturbações que a política trouxe à caserna. "Foi um grande erro: militar não deve se envolver com política."

Em São Paulo, a memória dos veteranos têm um endereço: Rua Santa Madalena. Todos os dias alguns senhores procuram a sede da Associação de ex-Combatentes do Brasil. Quase todos com mais de 90 anos. Cada um deles carrega uma história de sacrifícios em silêncio: primeiro na Itália, depois, no Brasil. A difícil readaptação desses homens à vida longe da batalha é uma experiência que marcou essa geração. O coronel Jairo Junqueira, comanda o associação, com seu amigo, o major Samuel Silva, ambos entrevistados para essa série.

O mesmo trabalho de resgate da memória dos expedicionários mobiliza o coronel Amerino Raposo (comandou o último tiro de artilharia dado pela FEB na Itália) e o capitão Enéas de Sá Araújo, do 6º Regimento de Infantaria - foi ferido por estilhaços de uma granada. A mesma disposição de contar suas histórias teve o almirante Hélio Leôncio Martins , o general Octavio Costa e os colegas de 1ª Companhia de Petrechos Pesados, João Gonzales e Newton Lascalea. Foi isso que levou intelectuais, como Boris Schnaiderman, de 95 anos, e Jacob Gorender, de 91, a enfrentar o cansaço de longas entrevistas para contar suas experiências na guerra. Suas vidas se entrelaçam com as de seus comandantes - generais como Mascarenhas de Moraes e Zenóbio da Costa - ou do inimigo - o general Otto Fretter Pico, que se rendera aos brasileiros, todos aqui retratados.

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