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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Em campanha para Obama, Clinton ignora distúrbios antiamericanos no Oriente e foca em assuntos domésticos

Clinton e Obama em campanha na Flórida 

Em um dia raro em que ambos os partidos se concentraram em relações exteriores após os distúrbios antiamericanos no Norte da África, o ex-presidente Bill Clinton se manteve focado nos assuntos domésticos ligados à economia e à classe média, enquanto prosseguia suas viagens de campanha para reeleição do presidente Barack Obama.

"Eu peço a vocês", disse Clinton para aproximadamente 2 mil pessoas que lotavam o salão de baile de um hotel no Estado da Flórida, ainda indefinido na eleição presidencial, "saiam e conversem com as pessoas -a favor de uma prosperidade compartilhada e não gotejante, a favor do 'estamos todos nisto juntos' em vez de 'cada um por si', a favor da cooperação em vez do conflito, e da aritmética em vez da ilusão".

À medida que cresciam os vivas e aplausos, Clinton acrescentou: "Vocês precisam reeleger o presidente Barack Obama para realizar o trabalho".

Centenas de pessoas fizeram fila por mais de quatro horas antes de Clinton subir ao palco no início da noite, e, no final, assessores da campanha de Obama fizeram o hotel abrir as divisórias da sala para criar mais espaço.

Apesar de muitos presentes terem dito que vieram ver uma repetição da apresentação de Clinton na semana passada, na Convenção Nacional Democrata em Charlotte, Carolina do Norte, ele fez uma preleção mais sinuosa, mais carregada com sua própria filosofia e histórico como presidente, e agora como chefe de sua própria fundação global, do que com depoimentos a favor de Obama.

E para surpresa de alguns repórteres que acompanham o trabalho de campanha de Clinton pós-convenção, ele não disse nada sobre a violência no Egito e na Líbia, que ocorreu no 11º aniversário dos ataques terroristas de 11 de Setembro. A violência resultou nas mortes do embaixador americano e três outros diplomatas na Líbia. Ela também provocou uma crise para o governo Obama, incluindo a mulher de Clinton, a secretária de Estado, Hillary Rodham Clinton, e sacudiu a campanha presidencial, com Mitt Romney rapidamente atacando o governo por sua reação, mas sendo criticado por fazer jogo político de forma imprudente até mesmo por alguns republicanos.

Em vez disso, assim como fez em Miami diante de 2.300 pessoas, Clinton defendeu e promoveu a lei de saúde de Obama, suas iniciativas para tornar os cursos superiores mais acessíveis e sua resposta a uma crise econômica que Obama herdou em 2009, apesar do que Clinton caracterizou como obstruções constantes dos republicanos.

"Richard Nixon é liberal demais para essas pessoas", Clinton disse causando risos e aplausos.

Para aqueles que não ouviram seu discurso em Charlotte, Clinton disse que queria repetir a mensagem sobre a recessão e a continuidade dos problemas econômicos, "porque toda a eleição pode se resumir a isso".

"É minha opinião", ele disse, "que nenhum presidente, nem Barack Obama, nem Bill Clinton, nem nenhum dos que serviram antes de nós, ninguém que já ocupou esse cargo poderia reparar tamanho estrago na economia em apenas três anos".

E citando a importância do Medicare (o seguro-saúde público para idosos e inválidos) para muitos dos aposentados na Flórida, Clinton também questionou as alegações dos republicanos de que Obama reduziu os benefícios para as pessoas no programa privado Medicare Advantage para pagar pela lei de saúde.

Um número recorde de seguradoras e beneficiários agora participam do programa e o preço dos planos está caindo, disse Clinton. "Logo, se o presidente estava tentando arruinar o Medicare Advantage, ele fez um péssimo trabalho, porque ele nunca esteve em melhor situação."

Ele atacou a proposta de Romney de US$ 5 trilhões em reduções adicionais em imposto de renda ao longo da próxima década, dizendo: "Sempre me ensinaram que quando você está em um buraco, a primeira regra é parar de cavar".

Para compensar o custo desses cortes de impostos, Clinton disse que os republicanos cortariam as deduções de impostos que beneficiam a classe média, os gastos em educação e o Medicaid (o seguro-saúde público para pessoas de baixa renda). "Ou podem fazer como estão acostumados", ele disse, que é cortar impostos "e então esquecer dos cortes de gastos e deixar a dívida inchar".

A campanha de Obama ainda está trabalhando com Clinton para agendar aparições adicionais de campanha e pelo menos mais um evento de arrecadação de fundos. Um assessor de campanha disse que o ex-presidente pode ser enviado a qualquer lugar e ter apelo tanto aos democratas quanto aos independentes. A campanha também tem gasto bastante em propagandas exibindo Clinton em vários dos Estados indefinidos.

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