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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Influxo islâmico: vários ex-soldados alemães radicalizados no Iraque

Combatente curdo combate militantes do Estado Islâmico no noroeste do Iraque
O governo alemão chegou a uma decisão durante o fim de semana sobre as armas que pretende enviar para os curdos no norte do Iraque para ajudá-los a combater o avanço dos militantes do Estado Islâmico (EI). Mas a "Spiegel" soube que não será fácil encontrar uma via legal para realmente entregar essas armas. Além disso, algumas delas poderão ser usadas contra ex-soldados alemães.
Segundo fontes de segurança em Berlim, cerca de 23 antigos membros do Bundeswehr, como são conhecidos os militares da Alemanha, viajaram para a Síria e o Iraque, aparentemente com a intenção de aderir a grupos extremistas islâmicos do EI. Eles se somam a outros estimados 400 jihadistas alemães que já viajaram para a região. A maioria destes, entretanto, não tinha experiência militar anterior, tornando os 20 soldados treinados especialmente valiosos.

O serviço de inteligência militar da Alemanha, MAD, considera o islamismo um problema crescente entre os militares alemães. Recentemente, um ex-sargento do Bundeswehr que havia sido descomissionado anteriormente por causa de suas tendências islâmicas, foi impedido de viajar para a região em crise.

No fim de semana, Hans-Georg Maassen, chefe do Departamento de Proteção à Constituição (BfV), a agência de inteligência interna da Alemanha, manifestou preocupações de que o fluxo de islâmicos da Alemanha para a Síria e o Iraque continue. Ele disse que alguns muçulmanos mais jovens radicalizados são atraídos para o EI em particular por causa da brutalidade do grupo. "O Estado Islâmico é, por assim dizer, a coisa 'quente' nesse cenário", disse Maassen. É "muito mais atraente que a Jabhat al-Nusrah, a filial da Al Qaeda na Síria. O que atrai as pessoas são o alto grau de brutalidade, o radicalismo e o rigor."

Alemanha preocupada com um Estado curdo
A mesma brutalidade foi o que levou os alemães a afastar-se de sua política de décadas de não enviar armas para zonas de guerra. Depois de chegar a um acordo sobre a remessa de armas em meados de agosto, o governo alemão anunciou no fim de semana quais armas pretende mandar. A lista inclui 16 mil rifles de assalto, 40 metralhadoras e 240 armas antitanques, juntamente com 500 foguetes antitanques. Cerca de 10 mil granadas de mão e 8 mil pistolas também deverão ser enviadas.

Como exatamente as armas chegarão aos curdos não está claro. Segundo as leis alemãs que regem a exportação de armas, um acordo desse tipo deve ser aprovado pelo ministro da Economia, que por sua vez precisa ter o consentimento por escrito do governo do país receptor. Mas o novo governo de Bagdá ainda não assumiu. Fontes disseram à "Spiegel" que autoridades de Berlim estão tentando encontrar uma alternativa.

O ministro das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, e a ministra da Defesa, Ursula von der Leyen, apresentaram a lista de armas no domingo à noite em Berlim, dizendo que o carregamento deverá bastar para equipar 4 mil soldados curdos. Steinmeier reconheceu que foi uma decisão difícil, citando a possibilidade de que as armas sejam usadas pelos curdos para combater por seu próprio Estado independente. Ele disse ao jornal de Hanôver "Hannoverschen Allgemeinen Zeitung" que o volume do carregamento foi calibrado para que "nenhum estoque de armas possa ser formado para mais tarde ser usado em outros conflitos".

Steinmeier reiterou suas preocupações sobre a fundação de um Estado curdo, dizendo que está preocupado "que um Curdistão independente resultaria em uma separação de outras regiões iraquianas, por exemplo no sul e ao redor de Basra". O resultado, ele continuou, seriam "novas lutas sobre novas fronteiras e territórios estatais", o que "resultaria em regiões inteiras tornando-se ingovernáveis".

Ainda assim, disse o ministro alemão, o avanço dos islâmicos "não é apenas uma tragédia humana de proporções inimagináveis, mas também uma ameaça existencial para a região do norte do Iraque e para o fraco Estado iraquiano como um todo".

Um comentário:

  1. Que beleza pra a Alemanha isso, é só fazer um filtro do tipo sai mas não volta...
    Não deixar eles entrarem na Alemanha nunca mais, que maneira ótima de se livrar de radicais, além de fornecer armas aos curdos...

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